Artrose Facetária

A artrose ocorre dentro do processo de envelhecimento da nossa coluna (assim como de outras articulações). Com relação à artrose facetária, estamos falando especificamente das articulações de uma vértebra sobre a outra, que estão relacionadas aos movimentos de flexão-extensão/lateralização e rotação. Elas apresentam aspectos anatômicos diferentes baseado nos segmentos da coluna. 

Com o processo degenerativo, estas articulações vão sofrendo alterações que culminam com dores recorrentes. Dentro deste processo de envelhecimento, ocorre o desgaste da cartilagem destas articulações, associado ou não a formação de osteófitos (“bicos de papagaio”) – quando isto ocorre, há o aumento da articulação (“hipertrofia facetária”), ou seja, elas vão ficando mais rígidas e com menor capacidade de movimento. 

O quadro clínico é marcado por dores na região afetada, logicamente sendo a região lombar o segmento mais doloroso. Estas dores podem ser locais ou podem irradiar para glúteos e membros inferiores (no caso da região lombar) e para ombro e cabeça (nos casos de artrose da região cervical). A dor geralmente predomina pela manhã, e piora nos movimentos de extensão da coluna. 

Além do tratamento clínico (e diante da sua não responsividade), realizamos as chamadas “infiltrações” (também conhecidas como “bloqueios” ou “denervações”). O objetivo do procedimento consiste em diminuir a dor por inibição da inervação da articulação e redução do processo inflamatório local através da colocação de solução com anestésico e corticóide na articulação ou ao redor dela.  Estes procedimentos são os mais empregados em nossa rotina. Além deste procedimento, também realizamos as “rizotomias”, no qual consiste em “queimar” o nervo que inerva a articulação (chamado de “ramo medial da raiz dorsal”), através de cânulas específicas